Road trip Califórnia - Dia 2

quinta-feira, outubro 02, 2014

The Lone Cypress, um símbolo da 17-Mile Drive e da Califórnia.

Dia 2


Acordamos e fomos direto ao "Monterey Aquarium Bay". Essa é uma daquelas atrações tem que fazer. Estávamos meio resistentes, pensando seria uma atração mais para famílias e crianças e se valeria MESMO a pena (afinal, a entrada custa US$ 39,95!). E olha, achamos que valeu!

O aquário é lindo, muito divertido e cheio de animais fofos, com destaque para as sea otters. Como não conhecia esse animal antes? Gente, passei horas só olhando para aquela coisinha mais gostosa e divertida! Hahahaha Essa viagem me fez perceber que adoro ver animais! Sério, eles são tããão engraçadinhos, e fofinhos, e curiosos, e espertos, e...Ok. Também adorei o túnel que parece que você está dentro de uma onda, muito legal!


Bom, depois do aquário já nos despedimos de Monterey e seguimos viagem em direção à Highway 1. No caminho, passamos pela simpática Pacific Grove, uma cidade cheia de casas vitorianas fofas, flores e jardins lindos. Pacific é conhecida pela migração anual das borboletas monarca (sabe a idéia que vem na nossa cabeça quando a gente pensa em borboleta? Sabe quando a gente era pequeno e desenhava borboleta? Então, essa é a Monarca). As casas, lojas e restaurantes são cheios de desenhos e referências às borboletas, o que deixa tudo ainda mais charmoso.



Orla de Pacific Grove, linda!

Paramos para almoçar no Vivolo´s, um restaurante de frutos de mar bonitinho e com boa comida. Caminhamos calmamente pela orla da cidade para usufruir daquela paisagem [e tirar vááárias fotos hehehe]. Irresistível!

17- Mile Drive


Daí sim pegamos a Highway 1, já no seu trechinho da 17-Mile Drive. Não tem muito erro, basta seguir na orla de Pacific Grove que você cai na porta do condomínio Pebble Beach, que te levará, pela famosa 17-Mile Drive, até Carmel. É preciso pagar uma taxa por carro (US$ 9,50) para ter acesso ao condomínio.
Spanish Bay, na 17-Mile Drive

A partir daí, você até cansa de tanta beleza! Se já estava achando o caminho de Monterey até aqui lindo (como eu), na 17-Mile Drive você descobre que ainda pode melhorar. A estrada fica dentro de um condomínio de gente fina-elegante-sincera, com mansões de um lado (mas ficam mais afastadas, para você não se sentir tãããão miserável assim) e o mar selvagem do Pacífico do outro. No meio, campos de golfe impecáveis. Melhor nem pensar quanto custa uma casa daquela.

Logo na entrada, eles te dão um mapa com os principais pontos de interesse: Spanish Bay, Point Joe, Bird Rock. A maioria são locais de contemplação, para parar e aproveitar a vista. O que mais me chamou atenção foi mesmo o "The Lone Cypress". Não só pela imagem "familiar" - com certeza você já viu alguma foto dele por aí - mas também pela sua história e pela força do seu símbolo. São mais de 250 anos que aquele cipreste está lá: resistiu a centenas de tempestades, ao mar revolto do Pacífico, a um incêndio. É aquele tipo de imagem poderosa, que traz muitas outras imagens embutidas em si (como um disparo semântico, como devem ser os símbolos turísticos): imagens de resiliência, de força, do Oeste Americano, desse espírito norte-americano do cidadão que se faz por si só, não importam os obstáculos.

Além disso, esse tipo de cipreste, conhecido como "Monterey Cypress", só existe em dois lugares NO MUNDO: Pebble Beach e Point Lobos Reserve (que visitamos no nosso terceiro dia de road trip, próximo a Carmel).

The Lone Cypress, resistindo há mais de 250 anos.

O jornal LA Times fez uma reportagem muito legal sobre o The Lone Cypress aqui, numa séria chamada "Postcards from the West". Colo um trechinho aqui:

This is the challenge of a classic postcard destination. Like many travelers, I'm drawn to these places — the Lone Cypress, Yosemite's Half Dome and Monument Valley, for instance. Yet when I arrive, I don't want a warmed-over experience. I want a jolt of discovery.
Even if you haven't read Don DeLillo's novel "White Noise," you have felt like the character in it who gazes upon tourists as they gaze upon the most-photographed barn in America. "No one sees the barn," he says. "Once you've seen the signs about the barn, it becomes impossible to see the barn."
I want to see that barn — or, in this case, that lonely tree. I've seen plenty of Lone Cypress images, but never stood before the genuine article and stared. When you finally get to such a place, you want to spot something that will draw you closer or transform your perspective. You want to understand what's changed and what hasn't since that first postcard photographer rolled up in his Ford, or maybe his Packard. And you want to know what waits beyond the edge of the postcard view.



Seguindo a estrada, você sai do condomínio pelo Carmel Gate, e já cai na Carmel-by-the-Sea, a próxima cidade da road trip.

Chegamos lá já no final da tarde.



Carmel-by-the-sea


Carmel mais parece uma cidade de conto de fadas!

Já nem sei mais como descrever Carmel. Acho que o post já tem suficientes adjetivos como "linda", "charmosa", "fofa" etc-etc-etc. Carmel parece que saiu direto de um conto de fadas. É uma coisa meio Condado dos Hobbits (do Senhos dos Anéis, lembra?), só que mais urbana e mais rica! As casinhas com tetos arredondados, flores nas janelas, tudo meio pequenino, tudo super fofo.






À noite, seguimos a orientação do sabe-tudo de viagens, Ricardo Freire, e fomos comer no Cantina Luca. Ótima indicação! A comida estava maravilhosa!

Esse foi nosso chalé no Carmel Resort Inn


Hospedagem

Preço: US$ 105
Avaliação: Os quartos são chalés bem charmosos, distribuídos numa grande área verde do hotel. Os chalés são bem espaçosos, com cama enorme (e ótima!) e salinha com lareira. Eles deixam uma cestinha com o café da manhã na porta do quarto de manhã. Apesar desse esquema charmoso, o café é ruinzinho (fruta sem gosto e aqueles bolinhos prontos, sabe?). 



Resumo dia 2:

Trecho: de Monterrey para Carmel
Distância: 15 km (mas como duram!!)
Principais atrações: Monterey Bay Aquarium; Pacific Grove; 17-Mile; Carmel-by-the-sea.
Restaurante: Vivolo's Chowder House - 127 Central Ave, Pacific Grove
Hospedagem: Carmel Resort Inn

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2 comentários

  1. Oi, Janira! Vi neu comentário no Hotel Califórnia e corri aqui no seu blog para espiar sua road trip. Adorei o modo como vc escreve!
    Estou prestes a fazer essa viagem e estou ainda cheia de dúvidas. Ficarei 06 dias em SF (o que depois acabei achando demais), pernoitarei em Carmel, em San Luís Obispo e passarei 06 dias em LA (vou com minhas filhas e a Disney consumirá dois dias, assim estou achando tempo de menos).
    Vc achou difícil seguir o GPS, pois dizem que vc coloca o endereço e o danado teima em te mandar por outra estrada. Vc tem a lista dos endereços dos pontos da estrada?
    Vc achou a estrada segura?
    Tem muitos pontos de parada para abastecer, comer algo, banheiro?
    Andar pelas cidades é seguro? Acho muito seguro andar por Miami, NY, Orlando, mas estou meio receosa quanto à SF e LA...
    Obrigada!

    Márcia Fernanda Pinho


    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Márcia! Que bom que você gostou! Fique à vontade para fuçar o blog e compartilhar com os amigos! :-)
      Bom, com relação ao GPS, a dica é fuçar o mapa para buscar locais intermediários entre suas paradas para ir programando o GPS aos poucos. Por exemplo: você sai de SF para Carmel. Em SF, programe o GPS para Half Moon Bay (pequena cidade logo depois de SF, na H1). Chegando em Half Moon Bay, vc pode programar para Santa Cruz, depois para Monterrey Aquarium Bay, depois para Pacific Groove, depois para 17-Mile Drive... E assim sucessivamente. Dá uma olhada no Google Maps e vai mapeando locais à beira da H1 para ir programando no GPS. De qualquer forma, vale sempre conferir no GPS a estrada que ele está te mandando (ir tirando o zoom do GPS até ter uma idéia do caminho como um todo, sabe?). Assim, dá notar se ele está te mandando para outra estrada e escolher a costeira... Nesse post aqui: http://burocrataviajante.blogspot.com.br/2014/09/dossie-road-trip-california-post-resumo.html, tem um resumo das principais atrações de cada trecho (que pode facilitar a escolha dos locais para programar seu GPS).
      Com relação à estrada, pode ficar tranquila, ela é super segura e tem muitas cidades e pontos de apoio no caminho, então sempre dá para achar um banheiro, local para comer etc.
      Sobre a segurança em São Francisco: SF é menos "arrumadinha" do que NY e Miami, por exemplo. Tem muitos homeless no centro da cidade, principalmente nos arredores do Tenderloin e Civic Center. Mas, no geral, eles são pacíficos e não fazem mal... Andei bastante por SF e nunca me aconteceu nada. Claro que isso é uma experiência pessoal e não tenho como te garantir que não acontecerá nada, mas, acredite, ainda é MUITO mais seguro do que a maioria das grandes cidades brasileiras.. LA eu não conheci tanto assim, andei menos pela cidade, mas me pareceu ainda mais tranquilo do que SF.
      Sobre seu roteiro: tem bastante coisa em SF, você ocupará rapidamente seus 6 dias por lá. Mas há também a opção de tirar um dia para ir até Napa Valley, região de vinícolas próxima a SF. Acho que os dias em L.A são suficientes, na minha opinião. Claro que isso vai de "estilo", mas achei LA bem menos interessante do que SF. Nesse post contei um pouco o que fiz em Los Angeles http://burocrataviajante.blogspot.com.br/2014/11/2-dias-em-los-angeles.html.

      Espero ter ajudado! Qualquer coisa, estou à disposição! Na categoria "Destinos - EUA", você encontra todos os posts que fiz sobre minha viagem

      Um abraço,

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