Hotel nas Ilhas Maldivas: review do Chaaya Reef Elaidhoo

sexta-feira, fevereiro 19, 2016





 A escolha da hospedagem é a coisa mais importante do planejamento de uma viagem às Maldivas. Como, em geral, uma ilha é ocupada apenas por um hotel, a estrutura do local, atividades disponíveis e alimentação dependerão totalmente do hotel onde você estará hospedado. Além disso, o transporte entre ilhas é quase inexistente, fora os passeios que o próprio hotel oferece – como mergulho, pescarias ou visita a ilhas habitadas por locais. Não dá para procurar um restaurante na vila/ cidade, caso ache a comida ruim ou queira fazer algo diferente. É um esquema resort, só que sem porta de saída, entende? Daí que escolher um hotel ruim pode arruinar suas férias...

Nós ficamos no Chaaya Reef Ellaidhoo, um quatro estrelas, na ilha Chaaya. Fizemos uma reserva all inclusive, o que significa que toda a bebida e comida estava incluída no preço. Em geral, gostamos muito do hotel e de nossa experiência.

Acho que fizemos uma ótima escolha, levando em consideração o custo-benefício, e pesando as avaliações dos hotéis disponíveis na internet, dentro do que queríamos pagar. Nas Ilhas Maldivas, o céu é o limite para os preços. Existem hotéis impecáveis, com diárias entre R$ 3.000 e R$ 6.000, que não estava nos nossos planos.

O Chaaya Reef é um hotel de categoria média para os padrões das Maldivas. Então, levando isso em consideração, acho que foi uma ótima opção: boa estrutura, serviço maravilhoso, comida ótima.

Pontos altos: staff, comida e área da piscina
Pontos baixos: mureta de cimento cercando a ilha

A área da piscina à minha direita e os bangalôs sobre as águas


Estrutura do hotel

Uma das coisas que mais me incomodaram é que o hotel é cercado por uma mureta de cimento que, acho, parecia estar ali por questões de segurança. Depois da mureta, era mar profundo e a gente saía do esquema ‘piscininha’ para um mar com 30 metros de profundidade. Mas aquilo atrapalhava o cenário da ilha, sabe? Você olha o horizonte e vê azul - azul - /mureta de cimento/ - azul. E isso em volta de TODA a ilha. Não tem imagem do horizonte que não tenha aquela mureta feia. E isso me incomodou demais.

A mureta da discórdia!

São dois restaurantes e cada um deles serve uma parte dos quartos. Você pode até beber e beliscar nos dois, mas todas as suas refeições principais deverão ser feitas no mesmo restaurante. A área do nosso restaurante era uma delícia, com uma piscina super gostosa com borda infinita. Ficávamos muito por ali, principalmente no final de tarde, quando a maré estava baixa e já não era tão bom tomar banho de mar.

Área da piscina, sob outro ângulo. Ô vida ruim!
O hotel tem um centro de esportes, academia, spa, e uma escola de mergulho. Em volta de toda a praia, há espreguiçadeiras para tomar sol.

O hotel oferece alguns passeios, para mergulhar, pescar, e visitar uma ilha local habitada. Além desses, achei que não existem muitas atividades para quem não quer pegar barco e sair da ilha. Nas minhas pesquisas por hospedagem, vi que tem hotel que oferece aulas de ioga no entardecer, observação de arraias, dentre outras atividades. Mas isso não me incomodou, porque não queríamos fazer atividade nenhuma. A gente queria mesmo era descansar.


A ilha

Uma visão geral da ilha Chaaya (olha a mureta onipresente!). Foto retirada do Booking.com
A ilha é pequenina, e íamos de um ponta a outra em 15 minutos de caminhada. A área de mar antes da mureta era super rasa, então ficava difícil tomar banho no final de tarde, quando a maré ficava baixa. Por isso tentávamos sempre aproveitar mais a manhã para mergulhar e ficar no mar e, durante a tarde, a gente descansava, ficava na piscina, caminhava. Enfim, essa vida ~difícil~.

Uma coisa que nos surpreendeu muito é a diferença do cenário da ilha entre a tarde e a manhã. A luz e o vento mudam MUITO o visual do lugar. Então, se você chegar nas Maldivas numa tarde (como aconteceu conosco), não se fruste por não encontrar o azul-azul que você vê nas fotos do país. Espere a manhã do dia seguinte.

Pôr do sol visto da varanda do nosso quarto


Quartos

Fotos do hotel, retiradas do Booking.com
Escolhemos um bangalô sobre as águas, afinal era nossa lua de mel. Os quartos não eram luxuosos, mas muito limpos, espaçosos e com ótima cama. Eu adorei o clima de praia chique que o quarto tinha, com pisos de madeira e decoração com motivos do mar. O banheiro era grande e muito espaçoso. Me incomodou o fato de que o vaso ficava num quartinho com porta de vidro. Gente, por-ta-de-vi-dro. Climão. Para casais mais reservados como a gente, tem que rolar um combinado, né? Porque se chegasse na área das pias e bancadas, já tinha uma visão do quartinho. O banheiro tinha uma área aberta bem legal, com banheira. Dava para tomar banho de banheira sob o céu das Maldivas!

Nosso quarto e o banheiro super espaçoso!

Achei a varanda pequena, comparando com as fotos que vi de outros hotéis, cujas varandas chegam a ter espreguiçadeiras. Mas o quarto era super gostoso, e dava para ver o por de sol de lá. As amenidades eram ótimas (pena que eles nunca repunham)!

Além dos bangalôs na água, tem opções de bangalôs na areia, de frente pro mar, e quartos na vila (quando são superiores, em geral, também têm vista pro mar).


O nosso bangalô foi logo esse primeiro da foto!

Comida e bebida

Acho que a comida foi o ponto alto do hotel! Sério, levando em consideração que o esquema era buffet e era resort, achei a comida maravilhosa, super diversa e gostosa. Muita opção mais ‘local’ (indiana, principalmente), com jeitão de comida caseira, o que fez minha felicidade! No almoço e jantar, tinha sempre buffet de saladas, pratos quentes (com pelo menos dois tipos de curry, arroz, pratos com vegetais, etc) e ainda tinha uma chapa, com noodles (gente, era ótimo o de lá, nada a ver com Miojo), duas opções de carnes que mudavam a cada dia, omeletes, etc. Todos os dias tinha sopa de entrada (ótimas, ótimas!), e buffet de sobremesa.

O café da manhã era uma mistura de Inglaterra (ovos, bacon, feijão, carne enlatada, tomates, essas coisas) e Índia – tinha chapati (pão folha indiano), e misturinhas indianas com peixe, pimentas, coco, etc, logo de manhã. Amo café dos campeões!!

Rolava uma vibe inglesa com a galera tomando chá e café debaixo do sol das 11h na piscina. Eu comecei minha estadia pensando “gente, que coisa essa falta de intimidade com verão, né”, e terminei tomando café na piscina também porque sou dessas. Se demorasse uma semana mais, eu colocava um terceiro olho e me convertia ao islamismo. Assalam Alaikum!

Ficamos lá na véspera de Natal e, olha, que jantar, viu? Muita comida, de todo tipo, e tudo caprichado, feito com amor. Tinha muita comida festiva, ocidental e indiana.

Vale a pena optar pelo all inclusive?

Em geral, sou contra esse sistema all inclusive de resorts. Acho a comida ruim e prefiro sempre poder sair para restaurantes, experimentar lugares e coisas diferentes, e fugir dos buffets ‘standard’ servidos nesses tipos de hotel, feitos para agradar a turistas que não querem surpresas. E eu sempre quero surpresas.

Mas, no caso das Maldivas, all inclusive é mesmo a melhor opção. Veja bem, você não vai conseguir sair do hotel para comer. Então já que vai comer ali todo dia mesmo, melhor não se preocupar com o preço das coisas (bom, eu olho o preço de tudo antes de pedir)... Como eu queria simplesmente relaxar na minha lua de mel e não me preocupar com esse tipo de coisa, eu fui no all inclusive e achei ótimo!

No sistema all inclusive, existiam limitações de horário para as refeições e de alguns drinks, mas isso não me incomodou muito. Eu ia feliz tomar meu café da manhã, almoço e jantar no horário estipulado sem grandes problemas.

Serviços

O serviço é excelente! Os funcionários são simpáticos, corteses, e extremamente prestativos! No primeiro dia, tentamos tomar banho de banheira e percebemos que havia um vazamento. Avisamos na recepção e no outro dia nossa banheira já funcionava normalmente! Os garçons eram muito legais e muito solícitos também.


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