Meu casamento na Bahia IV - O vestido de noiva

sexta-feira, março 10, 2017


Peço licença mais uma vez aos leitores desse blog de viagens para falar sobre meu casamento, que foi também uma grande viagem. Dessa vez, quero contar um pouco sobre o meu look de noiva e fornecedores de beleza. Como eu fui uma leitora voraz de blogs de casamento, quero poder retribuir as muitas dicas e inspirações que outras noivas me deram, fazendo girar essa roda incrível da internet colaborativa!

A saga do vestido




Inicialmente, eu decidi por alugar um vestido, já que não fazia questão de exclusividade – esse conceito tão vendido no mercado de casamentos. Também não era essencial que o vestido fosse MEU (o que eu faria com um vestido de noiva depois, pelamor?).

Como eu sou indecisa, não queria mandar fazer um vestido – imagina ter que decidir tudo, do decote ao tecido, renda, etc. Afe, que castigo! E ainda correr o risco de não gostar do resultado final... Também não queria investir o dinheiro necessário para fazer vestidos nos grandes ateliês aqui do Brasil, tipo Emanuelle Junqueira, Carla Gaspar, Giselle Nasser...

Eu tinha em mente alguns critérios para a escolha do vestido, que tinham a ver com meu gosto e vontades:
  • não queria modelo tomara que caia;
  • queria uma silhueta mais enxuta, como nos vestidos do tipo coluna ou semi-sereia. Nada de saias rodadas ou muito volume.
  • queria um estilo minimalista, sem muitas rendas e bordados. Podia ter um OU outro. Ou podia ter um pouquinho dos dois, a depender do resultado final (rs).

Eu queria um vestido que fosse elegante, acima de tudo. Daqueles que eu possa olhar daqui a 20 anos e continuar achando lindo. Queria também que fosse a “minha cara”, ou seja, transmitisse minha ideia de beleza – simplicidade, elegância, sofisticação sem excessos.

Mas quando eu comecei a visitar as lojas de vestidos de noiva, vi que seria menos fácil do que parecia: metade dos vestidos era tomara que caia. Praticamente todos tinham rendas. Parte dos que tinham renda, tinham também bordados (alguns de canutilhos e miçangas de brilho e gosto duvidoso). E boa parte desses que tinham rendas E bordados E tomara que caia eram também na modelagem sereia. Ou seja, TUDO AO MESMO TEMPO AGORA. Isso sem falar da maldição do tule cor da pele, né (pra mim é tipo sutiã com alça de silicone. Aquela coisa pra ficar transparente, #soquenao).

E, aparentemente, no mercado de noivas, sofisticação tem a ver com brilho. Não havia nada com tecidos naturais, ou um vestido que valorizasse o corte e o caimento no corpo. Fui a lojas em Brasília, Goiânia, Salvador, Feira de Santana. Parece muito, né? Mas depois da terceira, todos os vestidos eram parecidos entre si. Uma fila de modelos iguais.

Eu casaria em dezembro e já estávamos em setembro e eu não tinha vestido [imagino que as noivas devem estar me achando completamente louca nesse momento]. Eu até tinha umas duas opções que me agradaram, mas eu simplesmente não conseguia alugá-los porque sentia que nenhum dos dois era o ‘meu vestido’, não tinham a minha cara.

Até que meados de setembro eu decidi arriscar e comprei o vestido dos meus sonhos num site da internet, sem experimentar e num preço bem acima do meu orçamento inicial, e mandei entregar para um casal de amigos que estava viajando nos EUA [Valeu, Manu e Danigri!!]. Foi um perrengue, porque a entrega atrasou, e eu cheguei a ligar para loja para tentar cancelar. No final deu tudo certo - a mágica aconteceu e eu AMEI meu vestido. Ele era AINDA mais bonito do que nas fotos!

Várias pessoas vieram me dizer que há muito não viam um vestido que refletisse tanto o jeito de uma noiva, E foi assim que eu me senti no meu casamento - maravilhosamente vestida ‘de mim mesma’!

Coloquei meu vestido à venda, com toda a energia maravilhosa que ele acumulou no casamento, rs! Interessadas, podem me escrever por email: janira.borja@gmail.com


E essa cara de sofrimento?

Olha o que esse vestido faz no corpo, Braseeeell



O bordado matador do vestido. Aquele simples não-simples, né?



Resumo do que aprendi com minha saga:

  1. Decida se quer alugar, comprar um pronto ou mandar fazer. Nada impede que você faça como eu e mude sua opção, mas suas escolhas orientam teu caminho (inclusive no momento de abandoná-lo).
  2. Saiba mais ou menos o que você quer e estabeleça critérios! Mas entendo que nem todo mundo sabe de cara o que quer (eu mesma não sabia). Para descobrir, é preciso: 
    1. Treinar seu olhar. Faça uma pasta no Pinterest ou no seu computador com seus vestidos favoritos e depois estude-os: o que eles têm em comum? Que tipo de decote mais aparece? Que tipo de silhueta? Eles têm mais ou menos volume? etc;
    2. Experimentar. Eu comecei achando que queria um vestido com cintura marcada e saia solta sem volume (uma silhueta meio em “A”, sabe?). Mas, à medida que experimentava vestidos assim, percebi que eles não valorizavam meu corpo, me deixavam sem forma, magra de um jeito ruim. Você pode ser surpreendida sobre o que fica bom em você, por isso é importante tentar.
  3. Estabeleça um orçamento. Isso é importante para decidir por onde começar e tirar do seu caminho aquelas opções muito acima do que você está disposta a pagar. Acontece da gente mudar de planos, isso também faz parte do planejamento. Eu mesma abandonei meu orçamento inicial, que era baseado no aluguel de um vestido numa boa loja de noivas de Brasília. Como terminei comprando o vestido, aquele orçamento já não fazia tanto sentido.


Os acessórios


O sapato eu comprei na Fezzuti, loja de Brasília com muitas opções de calçado de festas. Recomendo para quem quer fugir de sapatos com cara de noiva!

Os acessórios eu só decidi mesmo nas duas últimas semanas e foi a melhor coisa que eu fiz! hahahahaha Quando eu fui para casa dos meus pais, de férias, para organizar os últimos detalhes do casamento, minha mãe me mostrou um conjuntinho de pulseira, anel e brinco, de prata e brilhantes, que foi da minha vó. Era absolutamente LINDO! Era vintage, discreto e sofisticado, do jeitinho que eu procurei por meses a fio nas lojas! E ainda tinha sido de minha vó!

O acessório de cabeça eu aluguei na M. Zaniratto, em Feira de Santana. Eu experimentei em outubro, quando fui visitar meus pais em São Gonçalo, e só me decidi por ele em novembro, quando pedi para uma madrinha ir lá reservá-lo (valeu, Byna!). Depois de pronta, fiquei pensando: por que mesmo eu fiquei em dúvida? Ele ornou tão bem com o estilo do meu vestido!

O anel, já todo tortinho, rs!

Olha essa pulseira, que coisa mais delicada!


Maquiagem e penteado


Recomendo demais meu maquiador: Joel Andrade. Além de um astral maravilhoso, o trabalho dele é impecável! Comecei querendo um semi-preso e fui convencida de usar um preso, porque era praia, ventava demais e teria muito amor acontecendo [as pessoas te abraçam, te amassam, hehehehe]. Fui de coque mais desestruturado, porque tem mais a ver comigo e com um casamento na praia no final de tarde. Se mesmo assim, já fiquei descabelada durante a festa, imagina se eu tivesse de cabelo solto?



Outros posts sobre o casamento no blog:


MEU CASAMENTO NA BAHIA I – O LUGAR

MEU CASAMENTO NA BAHIA II - CERIMÔNIA E MÚSICA

MEU CASAMENTO NA BAHIA III - A DECORAÇÃO PARTE I

MEU CASAMENTO NA BAHIA III - A DECORAÇÃO PARTE II


**Todas as fotos desse post são de Flávia Valsani, a fotógrafa maravilhosa do nosso casamento. Para conhecer mais do trabalho dela, dá uma olhada no site!

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